E continua o rol de expressões típicas da língua portuguesa que fazem tanto sentido como os tunnings da Guarda rebaixarem os carros até as saias arrastarem nos paralelos:
1. "Correr a sete pés" - Eh pá, não é que eu perceba muito disso, mas por muito que uma pessoa corra, corre só com dois pés!! Mesmo esse grande português que é o Obikwelu, apesar de ser de raça negra (conhecida que é a sua fama), usa apenas dois membros inferiores para correr (é verdade, eu vi a corrida dele em câmara lenta e confirmo). E já agora, porquê a sete pés? Porque não 6, ou 8? Até davam mais jeito, uma vez que são números pares...
2. "Engolir um sapo" - Esta expressão é normalmente utilizada para descrever aquelas situações em que temos que aguentar alguma coisa desagradável sem nos manifestarmos. Engolir, até que se adequa. Agora... um sapo??? Os sapos são nojentos, são viscosos, e comem moscas!!! Será porque escorregariam melhor? Mas assim já não faria sentido a escolha, uma vez que é suposto ser difícil de engolir! Difícil seria, por exemplo, um porco-espinho! Isso sim, velho insensível!!!
3. "Sair da cepa torta" - Supostamente significa algo como "sair da miséria", descreve alguma mudança da sorte de uma pessoa. Agora gostava era de saber quem foi o génio das metáforas que achou que uma cepa torta é sinónimo de azar... Por acaso há por aí cepas bem bonitas, e muitas vezes, quanto mais tortas, melhor! (entendam como quiserem...)
4. "Rir a bandeiras despregadas" - Quanto a esta, refere-se àqueles momentos em que rimos que nem uns desalmados, no ponto em que as lágrimas já nos escorrem pela cara e nos dói a barriga (ou, nalguns casos, as orelhas!). É provavelmente uma das expressões mais estúpidas que já ouvi para designar uma grande quantidade de alguma coisa... bandeiras despregadas?!?!? "Ya, eu quando me começo a rir desprego aqui as bandeiras todas, nem queiram saber a loucura que é...". Eh pá, é tão estúpido que nem sequer consegue ter piada!!!
5. "Rir que nem um desalmado" - Bom, pela lógica, um desalmado é uma pessoa que não tem alma (seja lá o que isso for). Depreendemos assim que, ao ser-nos extraída a alma através de um qualquer processo imiscuído nas deambulâncias mastroiânicas dos ritmos suaves da música latina, nós desataremos a rir que nem uns perdidos (outra!). Tem lógica. Vou vender a alma. Estou farto de andar de mau humor.
6. "Rir que nem um perdido" - Esta surgiu-me ao escrever o ponto anterior. Se um perdido é alguém que está desorientado, que não sabe onde está, realmente sim, tem todas as razões para se rir: "Ha ha ha!!! Estou perdido no meio da floresta, sem maneira de chegar onde quer que seja e prestes a ser violado por um urso! Ha ha ha!!!". Por esta lógica, um perdido é um tolinho com um colete de forças fechado numa sala almofadada...
4 Comments:
Oh Mus, já que estavas no canal da risota, esqueceste-te do "Partir o coco a rir" :s No mínimo curioso...
Há uma expressão que eu acho especialmente interessante e que gosto de aplicar sempre que se proporcione. É a bela expressão: "pariu a Galega" que se aplica quando queremos por exemplo entrar num cruzamento, ou atravessar a estrada e nunca mais páram de vir carros. Coloca-se um pequena interjeição atrás, tipo "Eh pá!!", dá-te um tom interrogativo, e fica genial: "Eh pá, mas pariu a Galega?!" Também se pode usar em versão mais agressiva: "Porra, pariu a Galega!" É uma expressão que não está tão generalizada como outras supracitadas, mas não deixa de ser curioso ter havido ALGUÉM! que se lembrou de a inventar. S alguém tiver conhecimento que as galegas têm por costume um número abusivo de filhos, tá explicado. Ou será que têm ninhadas? Pode ser... Eu estive por terras da Galiza e vi alguns casais locais com 1 a 2 filhos. Mas se calhar eram a excepção...
Ou se calhar ver uma galea a parir é um fenómeno próximo do paranormal... então, quando sucedia, toda a gente ia ver, daí o trânsito! Ou o inverso... seria algo tão nojento, que todos fugiam de lá? Urge investigar.
E há também aquela que gosto especialmente...Pôr a pata na poça...
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